Exercícios Resolvido - Petrobrás - Profissional Júnior Formação Administração - Questão 26

Considere a sequência numérica an, ∈ ℕ definida por:

O termo an pode ser obtido através de:
(A) n∙log(2)
(B) (n+2)∙log(2)
(C) [n∙(n+1)/2]∙log(2)
(D) log(2ⁿ-1)
(E) log(2⁺¹-2)


Solução:
Utilizando a seguinte propriedade de logaritmo:
log(xⁿ) = n∙log(x), podemos dizer que:

an+1 = an + log(2⁺¹)
an+1 = an + (n+1)log(2)

Assim:
an = an-1 + n∙log(2)
Substituindo:

an+1 =  an-1 + n∙log(2)  + (n+1)log(2)

Se continuássemos com estas substituições:
an-1 = an-2 + (n-1)∙log(2)

an+1 =  an-2 + (n-1)∙log(2)  + n∙log(2)  + (n+1)log(2)
...

an+1 =  a1 + 2∙log(2) + 3∙log(2) + 4∙log(2) + ... + (n-1)∙log(2)  + n∙log(2)  + (n+1)log(2)
an+1 =  a1 + log(2)∙[2 + 3 + 4 + ... + (n-1) + n  + (n+1)]
Como a1 = log(2)
an+1 =  log(2) + log(2)∙[2 + 3 + 4 + ... + (n-1) + n  + (n+1)]
an+1 =  log(2)∙[1 + 2 + 3 + 4 + ... + (n-1) + n  + (n+1)]
Ainda, o termo an, que é o que interssa nesse exercício, é obtido por:
an =  log(2)∙[1 + 2 + 3 + 4 + ... + (n-1) + n ]
Perceba que dentro do [] existe a soma de uma PA (aula sobre Progressão Aritmética), que é dada pela fórmula:
S = (a1 + an)*(n/2) = (1 + n)*(n/2)
Assim,
an =  log(2)∙(1 + n)*(n/2)



Exercício resolvido - IME CG 2009/2010 - Estática

Duas barras AC e BD estão apoiadas e ligadas por pinos sem atrito, conforme a figura. As barras, de 4 m de comprimento, são feitas de material homogêneo e possuem massa linear igual a  5 kg/m. Sabendo que as barras formam um sistema em equilíbrio no momento em que o ponto  D é tracionado em  300 N e que, no meio da barra  AC, é colocado um corpo com 20 litros de volume, determine as reações horizontal e vertical, em Newtons, nos pontos A e B.
  Dados:
aceleração gravitacional = 10 m/s²
3 = 1,7
massa específica do corpo = 2000 kg/m³

Solução:
Como o sistema esta em equilíbrio temos que:
∑F = 0 (Somatório da forças = 0)
∑M = 0 (Somatório dos momentos = 0)

Para facilitar, vou decompor a força 300 N na direção horizontal e vertical. Além disso, como o corpo na barra AC tem 20 litros de volume (ou 0,02 m³) e que sua massa específica é de 2000 kg/m³, temos que sua massa é:
0,02*2000 = 40 kg
Como a aceleração da gravidade é 10 m/s²
Peso do corpo = 400 N.

Ambas as barras tem massa de 5 kg/m* 4 m = 20 kg, pesando 200 N cada uma.

Assim temos:
Observe que no ponto C existem 4 forças, 2 delas são a reação na barra AC, e duas na barra BD

Neste tipo de exercício, é interessante 'separarmos' as barras, já que cada uma delas deve estar em equilíbrio  pois não estão se movendo e nem girando.
Estudo da barra AC:


Equilíbrio das forças verticais:
RCVAC + 200 + 400 + RAV = 0
RCVAC = - 600 - RAV

Equilíbrio das forças horizontais:
RAH - RCHAC = 0
RAH = RCHAC

Momento em relação a qualquer ponto é nulo.
Vou fazer em relação ao ponto C, já que não estou interessado em calcular as forças em C, e sim em A e B:
RAV*4 + 400*2 + 200*2 = 0
RAV*4 = -1200

Disso, temos que:
RCVAC = -600 - RAV = - 600 + 300 = - 300 N

Obs.: É importante perceber que as forças que atuam no ponto C quando estudamos apenas a barra AC tem um sentido, porém ao estudarmos a barra BD, estas forças terão sentido contrário, já que serão a reação da barra AC na barra BD. Assim como os vetores dessas forças estão em sentidos contrários, RCVAC = RCVBD e RCHAC = RCHBD.
Estudo da barra BD:
Equilíbrio das forças verticais:
RBV - 200 +  RCVBD + 300*sen(30°) = 0
RBV - 200 +  RCVBD + 150 = 0
RBV +  RCVBD = 50

Equilíbrio das forças horizontais:
RBH + RCHBD + 300*cos(30°) = 0
RBH + RCHBD + 255 = 0
RBH + RCHBD = -255

Momento resultante em relação a qualquer ponto é nulo:
Novamente irei calcular em relação ao ponto C:
300*cos(30°)*1 - RBH*3 = 0
3RBH = 255
RBH = 85 N

Como RBH + RCHBD = -255
RCHBD = - 340 N

Falta resolver:
RAH = RCHAC
RBV +  RCVBD = 50
Sabemos que:
RCVBD = RCVAC = - 300 = - 300 N, logo, RCVBD = - 300 N
RCHBD = RCHAC = -340 N, logo, RCHAC = - 340 N

Com isso
RAH = - 340 N
RBV - 300 = 50
RBV = 350 N
Assim:
Forças em A:
RAV = -300 N
RAH = -340 N
Forças em B:
RBV = 350 N
RBH = 85 N

PS: Agora sim, certamente esta correto este exercício. Depois de algumas correções e momentos de reflexão (rs), esta é a resposta. Podem confiar..


Exercício Resolvido - Integrais

Solução de integrais

Calcule as seguintes integrais:

1) ∫ (sen2x/3cos³) dx
2) ∫ [(x²-10x+24)/(x-4)] dx
3) ∫ [(1+cos²x)/(2cos²x)] dx
4) ∫ [(x-1)/(1-√x)] dx
5) ∫ [(4x²+2x⁴)/(x²+1)] dx

Solução:
1)
Sabendo que
Sen(2x) = 2*Sen(x)Cos(x)
Podemos simplificar
Sen(2x) / 3*Cos³(x) = 2*Sen(x) / 3*Cos²(x)
Como se trata de uma integral, podemos tirar o 2/3 do integrando, pois ele não depende de x.
Ficando:
(2/3)∫[Sen(x) / Cos²(x)]dx

Agora, perceba que a derivada de Cos(x) é -Sen(x)dx, ou seja, substituindo Cos(x) por 'u', temos a seguinte integral:
(2/3)∫ - du / u² = (2/3)*(1/u) = (2/3)*[1/Cos(x)] = (2/3)*Sec(x)

Logo:
∫ [Sen(2x) / 3*Cos³(x)]dx = (2/3)*Sec(x) + k

2)
∫ [(x² - 10x + 24) / (x-4)]dx
Como x² - 10x + 24 pode ser escrito (x-4)*(x-6), temos
∫ [(x² - 10x + 24) / (x-4)]dx = ∫ [(x-4)*(x-6) / (x-4)]dx = ∫ (x-6)dx, para x ≠ 4
∫ (x-6)dx = x²/2 - 6x + k, onde k é uma constante.

3)
∫ [(1+cos²x)/(2cos²x)] dx
Abrindo a soma, temos:
(1+cos²x)/(2cos²x) = 1 / [2Cos²(x)] + Cos²(x) / [2Cos²(x)] = (1/2)*[1/Cos²(x)] + 1/2 = (1/2)*[Sec²(x) + 1]
Mas,
Assim:
∫ [(1+cos²x)/(2cos²x)] dx = (1/2)*∫ [Sec²(x) + 1]dx = (1/2)*∫ Sec²(x)dx + (1/2)*∫ 1dx =
= (1/2)*∫ Sec²(x)dx + (1/2)*x + k1

Resta calcular: ∫ Sec²(x)dx
Para isso, devemos utilizar algumas propriedades trigonométricas:
Tan²(x) + 1 = Sec²(x)

Observando que:
Sec²(x) = Sen²(x) / Cos²(x) + 1
Sec²(x) = [Sen²(x) + Cos²(x)] / Cos²(x)
Mas:
[Sen²(x) + Cos²(x)] / Cos²(x) é a derivada de [Sen(x) / Cos(x)] = Tan(x)

Logo:
∫ Sec²(x)dx = Tan(x) + k2
Assim:
∫ [(1+cos²x)/(2cos²x)] dx = (1/2)*∫ Sec²(x)dx + (1/2)*x + k1 = (1/2)*[Tan(x) + k2 + x + k1]
Adotando que k1 + k2 = k
∫ [(1+cos²x)/(2cos²x)] dx = 0,5*[Tan(x) + x + k]

4)
∫ [(x-1)/(1-√x)] dx
Para iniciar esse exercício é interessante perceber que:
(x-1) = [√(x) - 1]*[√(x) + 1]

Assim:
∫ [(x-1)/(1-√x)] dx = ∫ [√(x) + 1] dx = ∫ √(x) dx + ∫ 1dx = (2/3)*√(x³) + x + k

5)
∫ [(4x²+2x⁴)/(x²+1)] dx = ∫ [2x²*(2+x²)/(x²+1)] dx = ∫ {2x²*[1+(1+x²)]/(x²+1)} dx =
= ∫ {[2x² + 2x²*(1+x²)]/(x²+1)} dx = ∫ 2x² / (x² + 1) dx + ∫2x²*(1+x²)/(x²+1)} dx =
= ∫ 2x² / (x² + 1) dx + ∫2x² dx

Calculando ∫2x² dx
∫2x² dx = (2/3) x³ + k1
Calculando
∫ 2x² / (x² + 1) dx
Fazendo uma substituição de variável:
x = Tan(u)
dx = Sec²(u) du

∫ 2x² / (x² + 1) dx = ∫ {2Tan²(u) / [Tan²(u) + 1]}*[Sec²(u) du]

Mas
1 + Tan²(u) = Sec²(u)

∫ {2Tan²(u) / [Tan²(u) + 1]}*[Sec²(u) du] = ∫ {2Tan²(u) / Sec²(u)}*[Sec²(u) du] = ∫ 2Tan²(u) du

Mas sabendo que Tan²(u) = Sen²(u) / Cos²(u)
E que
Sen²(u) + Cos²(u) = 1, logo, Sen²(u) = 1 - Cos²(u)
Tan²(u) = Sen²(u) / Cos²(u) = [1 - Cos²(u)] / Cos²(u) = 1/Cos²(u) - 1 = Sec²(u) - 1

Assim:
∫ 2Tan²(u) du = 2*∫ [Sec²(u) - 1] du = 2* [ ∫ Sec²(u) du - ∫ 1 du] = 2* [ ∫ Sec²(u) du - (u + k2)]

Mas já foi visto que
∫ Sec²(u) du = Tan(u) + k3

Logo
∫ 2Tan²(u) du =2Tan(u) + 2k3 - 2u - 2k2

E sabendo que u = ArcTan(x)
2Tan(u) + 2k3 - 2u - 2k2 = 2x + 2k3 - 2ArcTan(x) - 2k2
Logo:
∫ [(4x²+2x⁴)/(x²+1)] dx = (2/3) x³ + k1 + 2x + 2k3 - 2ArcTan(x) - 2k2

Para facilitar, podemos chamar k1 + 2k3 - 2k2 = k
∫ [(4x²+2x⁴)/(x²+1)] dx = (2/3) x³ + 2x - 2ArcTan(x) + k


Exercício resolvido - Cônica em 3 dimensões

Resolva a função quádrica, classifique-a e esboce-a

x² y² z² 14x 6y - 8z 10 = 0

Solução:
Para verificar esse tipo de questão, é interessante eliminarmos os termos que não são quadráticos, ou seja, os termos dependentes de x, y e z. Para isso, fazemos uma substituição de variável:

x = u + a
y = v + b
z = w + c

Ficando:
(u + a)² + (v + b)² + (w + c)² - 14*(u + a) + 6*(v + b) - 8*(w + c) + 10 = 0
Desenvolvendo:
u² + 2au + a² + v² + 2bv + b² + w² + 2wc + c² - 14u - 14a + 6v + 6b - 8w - 8c + 10
Ficando:
u² + v² + w² + u*(2a - 14) + v*(2b + 6) + w*(2c - 8) + (a² + b² + c² - 14a + 6b - 8c + 10) = 0
Para zerar os termos u, v e w basta:
2a - 14 = 0
a = 7
2b + 6 = 0
b = -3
2c - 8 = 0
c = 4
Com estes valores de a, b e c, calculamos:
(a² + b² + c² - 14a + 6b - 8c + 10) = [7² + (-3)² + 4² - 14*7 + 6*(-3) - 8*4 + 10] = 
= 49 + 9 + 16 - 98 - 18 - 32 + 10 = -64

Desta forma:
u² + v² + w² + u*(2a - 14) + v*(2b + 6) + w*(2c - 8) + (a² + b² + c² - 14a + 6b - 8c + 10) = 0
Fica:
u² + v² + w² - 64 = 0
u² + v² + w² = 64

Ou seja, é uma esfera de raio 64 = 8.

Agora, para saber o ponto onde essa esfera é centrada devemos pensar da seguinte forma:
Inicialmente nós estávamos trabalhando com x, y e z. Mudamos para u, v e w. Perceba que para mudar do primeiro sistema de referência para o segundo, apenas somamos constantes (a, b e c), ou seja, deslocamos os eixos x, y e z para a esquerda ou direita, para cima ou para baixo, para frente ou para trás, veja o que foi feito:
x² y² z² 14x 6y - 8z 10 = 0, é o mesmo que
u² + v² + w² - 64 = 0. 
Mas
u = x - a
u = x - 7
v = y - b
v = y + 3
w = z - c
w = z - 4
Assim:
u² + v² + w² - 64 = 0, é o mesmo que
(x-7)² + (y+3)² + (z-4)² = 64

Ou seja, o centro dessa esfera é o ponto:
x = 7
y = -3
z = 4
(7, -3, 4)

Logo, este é uma equação de uma esfera com raio 8 e centro no ponto (7, -3, 4)

Gráfico:



Exercício Resolvido - Quantidade de movimento

Duas bolas de boliche aproximam-se, ambas em movimento sobre um trilho. A primeira, de massa m1, se desloca com velocidade v1 e a segunda, de massa m2, com v2. Qual a velocidade do centro de massa? Qual a velocidade do centro de massa do sistema após as bolas colidirem elasticamente? Qual é a quantidade de movimento do sistema antes e qual passa a ser após a colisão e por quê?

Solução:
1ª pergunta:
Considerando cada uma das bolas como sendo uma partícula onde sua massa esta concentrada em seu centro de massa, temos que para calcular o centro de massa do sistema, devemos utilizar a fórmula:


Onde CM é a localização do centro de massa, m1 e m2 as massas de cada uma das bolas e r1 e r2 as coordenadas da posição do centro de massa de cada uma das bolas.

Assim, devemos supor uma posição inicial para cada uma das bolas, tal procedimento não vai alterar o resultado, já que será irrelevante.

Posição da bola 1: Supondo que a bola 1 parte do ponto (0,0) e se desloca em direção à bola 2, podemos dizer que não há alteração da posição das bolas na direção y, e sim, somente na x. Logo, a posição da bola 1 em qualquer tempo pode ser descrita por:
r1 = (v1*t, 0 ), onde v1 é a velocidade da bola 1.

O mesmo deve ser feito para a bola 2
r2 = (v2*t, 0). 

CM = [m1*(v1*t, 0 ) + m2*(v2*t, 0)] / (m1 + m2)
CM = (m1*v1*t + m2*v2*t , 0) / (m1 + m2)
CM = t*(m1*v1 + m2*v2 , 0) / (m1 + m2)
Ou seja, o CM tem deslocamento somente no eixo x, pois o deslocamento no eixo y é nulo.
CM = t*(m1*v1 + m2*v2) / (m1 + m2)
Como o deslocamento é em apenas uma direção (x), basta dividir CM por t e obtemos a velocidade do centro de massa

Logo, a velocidade do centro de massa será VCM = CM/t = (m1*V1 + m2*V2) / (m1 + m2)

2ª Pergunta:
Em qualquer choque, há conservação da quantidade de movimento.
Conservação da quantidade de movimento:
m1*V1 + m2*V2 = m1*V1depois + m2*V2depois
Como a velocidade do centro de massa depois do choque será:
VCM = (m1*V1depois + m2*V2depois) / (m1 + m2) = (m1*V1 + m2*V2) / (m1 + m2). Ou seja, não há variação da velocidade do centro de massa do sistema.

3ª Pergunta:
A quantidade de movimento do sistema antes é m1*V1 + m2*V2 e depois passa a ser 
m1*V1depois + m2*V2depois, porém elas são iguais pois não há variação da quantidade de movimento.
O motivo disso é a segunda lei de newton que fala que a força é a variação infinitesimal da quantidade de movimento. Ou seja, para que ocorra variação na quantidade de movimento de qualquer corpo, é necessário que exista uma força externa agindo nele. Neste caso, considerando o sistema formado pelas duas bolas, nenhuma força externa age nelas e sim, somente o choque entre elas, porém esta força é interna. logo, a quantidade de movimento nunca vai se alterar em um choque, seja ele elástico, inelástico ou perfeitamente inelástico.