Exercício Resolvido - Velocidade média

Um carro viaja de São Paulo a Campinas, que dista 90 km, parando durante 30 min num posto à beira da estrada, para refeição e abastecimento. De São Paulo até o posto gasta 1 h 30 min, fazendo o percurso do posto a Campinas em mais 30 min. Calcule a velocidade média do carro na viagem em questão.

Solução:
Breve comentário:
Para solucionar questões de velocidade média, o melhor a fazer é calcular a distância percorrida e o tempo.
Assim, no fim, basta dividir um pelo outro.

Vamos ao exercício:
A distância percorrida é 90 km
O tempo é: 1 h 30 min + 30 min + 30 min = 2 h 30 min

Como 2 h 30 min = 2,5 h
Velocidade média será: 90/2,5 = 36 km/h


Exercício Resolvido - Integral de √(4 /x⁴-x²)

Calcule a integral de ∫ √(4 /x⁴-x²) dx.

Solução:
Trabalhando o integrando:
√(4 /x⁴-x²) = 2/[x*√(x²-1)]
∫ √(4 /x⁴-x²) dx =  ∫ 2/[x*√(x²-1)] dx = 2 ∫ 1/[x*√(x²-1)]

Agora, perceba que x²-1 tem que ser > 0, pois esta dentro de uma raiz e é denominador. Disso nós tiramos que x < -1 e x > 1. Logo, x não pode assumir valores no intervalo [-1,1].
Da trigonometria, sabemos que Sen(t) e Cos(t) sempre possuem valores nesse intervalo, e que Sec(t) e Cossec(t) tem apenas os valores que queremos. Logo, podemos substituir x por Sec(t) ou por Cossec(t).

Vou fazer a substituição:
x = Sec(t)
Logo:
dx = Tan(t)*Sec(t)*dt
Assim, a integral fica:
2 ∫ 1/[x*√(x²-1)] dx = 2*∫ 1/[Sec(t)*√(Sec²(t)-1)] Tan(t)Sec(t)dt
Mas Sec²(t) = 1 + Tan²(t)
Logo, Sec²(t) - 1 = Tan²(t), e √Tan²(t) = Tan(t)

Ficando:
2*∫ 1/[Sec(t)*Tan(t)] Tan(t)*Sec(t)*dt.
Como o numerador é igual ao denominador:
2*∫ 1/[Sec(t)*Tan(t)] Tan(t)*Sec(t)*dt. = 2*∫dt = 2*t

Voltando à substituição, temos que:
Sec(t) = 1/Cos(t) = x
Cos(t) = 1/x
t = ArcCos(1/x)

Logo:
 ∫ √(4 /x⁴-x²) dx = 2*ArcCos(1/x)


Progressão Geométrica (PG)

Dedução das fórmulas de uma PG e explicação


Dando continuidade às aulas, nada mais coerente do que, após uma aula de PA, a aula de PG.

Assim como a PA, a PG é uma sequência definida por um termo inicial, geralmente chamado de a e uma razão, geralmente chamada de q.
Diferentemente da PA, na PG os termos da sequência são obtidos pelo produto do termo anterior pela razão, ou seja:
a = a*q
a = a*q = (a*q)*q = a*q²
a = a*q = (a*q²)*q = a*q³
...
an = a(n-1)*q = a₁*q⁻¹
Uma propriedade importante de observarmos é que o produto dos termos equidistantes ao termo central de um PG é sempre igual. Sendo mais claro:
Produto do primeiro termo com o último termo:
a₁*an = a₁*(a₁*q⁻¹⁾) = a₁²*q⁻¹

Produto do segundo termo com o penúltimo termo
a*an-1 = (a*q)*(a₁*q⁻²⁾) = a₁²*q⁻¹

Produto de terceiro termo com o antepenúltimo termo
a*an-2 = (a*q²)*(a₁*q⁻³⁾) = a₁²*q⁻¹
...
Desta forma, fica fácil definir qual é o produto de todos os termos de uma PG. Veja só:
Produto = a₁*a₂*a₃*...*an. Como na multiplicação, a ordem dos fatores não altera o produto, podemos escrever esse produtório como:
Produto = (a₁*an)*(a₂*an-1)*(a₃*an-2)*... Como o valor dos produtos dentro dos parênteses é o mesmo (a₁²*q⁻¹⁾), como foi visto acima, e como esta sequência tem n termos, teremos (n/2) parênteses, já que cada parênteses tem dois termos. Assim:
Produto = [(a₁²*q⁻¹⁾)]ⁿ = [a₁*q⁻¹⁾].

Outro dado importante de se calcular, é a soma dos termos da PG. Existem várias formas de encontrar a fórmula da soma da PG (já foi feito neste blog por indução finita e soma telescópica), porém por ser de mais fácil compreensão, vou utilizar o método da soma telescópica (para quem não sabe o que é isso, vou explicar na medida que deduzo a fórmula)

O que queremos saber é a soma dos termos de uma PG, ou seja:
S = a₁ + a + a + ... + an
(1)     S = a₁ + a₁*q + a₁*q² + ... + a₁*q⁻¹⁾. Se multiplicarmos esse somatório por q, teremos:
(2) q*S = a₁*q + a₁*q² + a₁*q³ + ... + a₁*q

Agora vamos subtrair as equações (2) de (1), fazendo (2) - (1), assim teremos:
q*S - S = (a₁*q + a₁*q² + a₁*q³ + ... + a₁*qⁿ) - (a₁ + a₁*q + a₁*q² + ... + a₁*q⁻¹⁾)
Perceba que podemos anular vários termos que são iguais (este método é chamado de soma telescópica, onde você cancela vários termos iguais pela subtração por serem termos iguais).
Desta forma, todos os termos serão cancelado com exceção de (a₁*qⁿ) e a₁.
Assim:
q*S - S = (a₁*qⁿ) - (a₁). Isolando os termos comuns dos dois lados:
S*(q-1) = a₁*(qⁿ - 1), logo:
S = [a₁*(qⁿ - 1)] / [q-1], onde S é a soma dos termos.

Para uma PG decrescente infinita a fórmula é a mesma só que, para que a PG seja decrescente, q deve ser menor que 1 e maior que zero. Assim, como ela tende a ter infinitos termos, ou seja, n tende ao infinito, qⁿ vai tender a zero (faça o teste, pegue um valor qualquer, entre zero e 1 e eleve a potências grandes. Perceberá que quanto maior é este potência, mais o resultado se aproxima de zero. No infinito, será zero).

Assim, na PG infinita:
S = [a₁*(qⁿ - 1)] / [q-1], como qⁿ = 0
S = [a₁*(- 1)] / [q-1].
S = [-a] / [q-1]. Multiplicando o numerador e o denominador por (-1), o que não muda em nada a fração, temos:
S = a / [1-q]

Abaixo, alguns exercícios e explicações que foram usados os conceitos citados acima:


Exercício Resolvido - Divisão de somatórios.

Dada a tabela abaixo:
Calcule:
Solução:
Neste somatório, fi é o mesmo que Yi.
Para poder resolvê-lo, devemos calcular os dois somatórios individualmente, assim, o somatório do numerador será:
Y1X1 + Y2X2 + Y3X3 + Y4X4 + Y5X5 + Y6X6 =
= 3*10 + 5*11 + 9*15 + 10*19 + 2*21 + 1*26 = 478
O denominador fica:
Y1 + Y2 + Y3 + Y4 + Y5 + Y6 = 3 + 5 + 9 + 10 + 2 + 1 = 30

A resposta é: 478/30 = 15,9333...