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Transformar / converter m/s em km/h ou km/h em m/s

A conversão de velocidade é bastante impostante em vários exercícios. Porém, devemos saber que toda unidade é como se fosse uma incógnita, assim, quando falamos m/s, queremos dizer o mesmo que a/b, ou x/y, ou seja, é uma divisão.

Como 1 km equivale a 1.000 m, 1 m equivale a 0,001 km.

Assim:
1m/s = 0,001 km/s

Resta agora transformar s em h.
como 1 h tem 3.600 s, 1 s tem 1/3600 h.

Assim, 0,001 km/s = 0,001 km / (1/3600) h = 0,001 * 3.600 km/h = 3,6 km/h

ou seja

1 m/s = 3,6 km/h

Ainda, 1 km/h = 1.000 m/h = 1.000 m / 3600 s = 1 m / 3,6 s = 0,2777777777... m/s

ou seja

1 km/h = 0,2777777777... m/s


Exercício resolvido - Conjuntos

Em um banco, qualquer funcionário da carreira de Auditor é formado em pelo menos um dos cursos: Administração, Ciências Contábeis e Economia.
Um levantamento forneceu as informações de que:

I. 50% dos Auditores são formados em Administração, 60% são formados em Ciências Contábeis e 48% são formados em Economia.

II. 20% dos Auditores são formados em Administração e Ciências Contábeis.

III. 10% dos Auditores são formados em Administração e Economia.

IV. 30% dos Auditores são formados em Ciências Contábeis e Economia.

Escolhendo aleatoriamente um Auditor deste banco, a probabilidade de ele ser formado em pelo menos dois daqueles cursos citados é:

Solução:
Inicialmente, sabemos que um auditor é formado em pelo menos um dos cursos:
Administração
Ciências contábeis
Economia

Então podemos ter:
Formados em Administração apenas: vou chamar esse grupo de A
Formados em Ciências Contábeis apenas: vou chamar esse grupo de CC
Formados em Economia apenas: vou chamar esse grupo de E
Formados em Administração e Ciências Contábeis apenas: vou chamar esse grupo de ACC
Formados em Administração e Economia: vou chamar esse grupo de AE
Formados em Economia e Ciências Contábeis: vou chamar esse grupo de ECC
Formados nos três cursos: vou chamar esse grupo de AECC

Assim, sabemos que:
Total:
(1) A + CC + E + ACC + AE + ECC + AECC = 100%
Formados em administração:
(2) A + ACC + AE + AECC = 50%
Formados em Ciências Contábeis:
(3) CC + ACC + ECC + AECC = 60%
Formados em Economia:
(4) E + AE + ECC + AECC = 48%
Formados em Administração e Ciências Contábeis:
(5) ACC + AECC = 20%
Formados em Administração e Economia:
(6) AE + AECC = 10%
Formados em Ciências Contábeis e Economia:
(7) ECC + AECC = 30%

Queremos saber a porcentagem de formados em pelo menos dois cursos, ou seja:
AE + ACC + ECC + AECC = ???

Das equações (2), (3) e (4), podemos obter valores para A, CC e E:
A = 50 - ACC - AE - AECC
CC = 60 - ACC - ECC - AECC
E = 48 - AE - ECC - AECC

Substituindo esses valores em (1):
(50 - ACC - AE - AECC) + (60 - ACC - ECC - AECC) + (48 - AE - ECC - AECC) + ACC + AE + ECC + AECC = 100
158 - 3AECC - 2ACC - 2AE - 2ECC + ACC + AE + ECC + AECC = 100
58 - 2AECC - ACC - AE - ECC = 0
ACC + AE + ECC + 2AECC = 58

Somando-se as equações (5), (6) e (7) temos:
ACC + AE + ECC + 3AECC = 60

Combinando essas duas equações sublinhadas, percebemos que AECC = 2%
Logo ACC + AE + ECC + AECC = 56%

Assim, escolhendo aleatoriamente um Auditor deste banco, a probabilidade de ele ser formado em pelo menos dois daqueles cursos citados é de 56%.


Exercício resolvido - Análise combinatória

Uma livraria vai doar 15 livros iguais a 4 bibliotecas. Cada uma deve receber ao menos 2 livros. O número de modos que esses livros podem ser repartidos nessa doação é?

Solução:
Temos 4 bibliotecas.
Cada uma deve receber no mínimo 2 livros.
Mas a soma dos livros recebidos deve ser 15, assim:

Sejam as bibliotecas A, B, C e D
A quantidade de livros recebidos por cada uma delas, chamarei de A, B, C e D também.
Assim;
A + B + C + D = 15

Digamos que a gente tenha 15 bolinhas:

o o o o o o o o o o o o o o o

Assim, vou separá-las utilizando três barras, de forma aleatória:

o o | o o o o o o | o o o o o o | o

Como pode ser observado, são 18 símbolos, 3 "|" e 15 "o". Desta forma, basta fazer quantas combinações podemos fazer com estes símbolos:

$$ \frac{18!}{ (15! \times 3!) } \,  = \,  \frac{ 18 \times 17 \times 16 }{ 3 \times 2 \times 1 } \,  = \, 816 $$

Esta seria a resposta se não existisse a condição de que cada biblioteca deve receber pelo menos 2 livros.
Neste caso o exercício pode ser feito considerando-se que cada biblioteca já recebeu seus 2 livros mínimos, assim, restam 7 para serem distribuídos.

Portanto, temos agora:
o o | o o | o o o |

Esta combinação será:
$$ \frac{ 10! }{ (7! \times 3!) } \, = \, \frac{ 10 \times 9 \times 8}{ 3 \times 2 } \, = \, 120 $$

Para provar a resposta, vou colocar abaixo todas as formas de soma possíveis:
2 + 2 + 2 + 9 $ \rightarrow $ 4 formas (Perceba que poderia ser 9 + 2 + 2 + 2 ou, 2 + 9 + 2 + 2 ou, 2 + 2+ 9 + 2, ou seja, são 4 formas de combinar esses números)

2 + 2 + 3 + 8 $ \rightarrow $ 12 formas
2 + 2 + 4 + 7 $ \rightarrow $ 12 formas
2 + 2 + 5 + 6 $ \rightarrow $ 12 formas
2 + 3 + 3 + 7 $ \rightarrow $ 12 formas
2 + 3 + 4 + 6 $ \rightarrow $ 24 formas
2 + 3 + 5 + 5 $ \rightarrow $ 12 formas
2 + 4 + 4 + 5 $ \rightarrow $ 12 formas
3 + 3 + 3 + 6 $ \rightarrow $ 4 formas
3 + 3 + 4 + 5 $ \rightarrow $ 12 formas
3 + 4 + 4 + 4 $ \rightarrow $ 4 formas

Assim, 4 + 12 + 12 + 12 + 12 + 24 + 12 + 12 + 4 + 12 + 4 = 120


Exercício Resolvido - Força e momento resultante. Equilíbrio estático


Uma barra (20 m) de massa 200 kg é apoiada nas suas extremidades por suportes A e B. Uma pessoa começa a andar pela barra. Sabendo que a pessoa possui massa de 55 kg, determine as forças nos suportes A e B para manter a barra em equilíbrio nas seguintes situações:

(a) a pessoa está na extremidade A;
(b) a pessoa está na extremidade B;
(c) a pessoa está no centro da barra;
(d) a pessoa está a 5 m de uma das extremidades.

Solução:

a)
Força e momento resultante
Perceba que neste caso, a pessoas por estar no ponto A, a reação da barra é toda no ponto A, ou seja, devido à pessoa, não há aumento de reação no ponto B.
Devido à barra, por ser supostamente homogênea (estou supondo pois o exercício não fala nada), a reação em cada ponto é igual a 100 Kg, pois ambos estão equidistantes ao centro da barra.
Neste primeiro caso então:
Reação em A: 100 + 55 = 155Kg
Reação em B: 100Kg

Verificando se o momento resultante da barre é nulo:
Momento em relação ao ponto B (poderia ser em relação ao ponto A, ou ao centro, tem que dar zero em relação a qualquer um dos pontos da barra):

55*20 (momento devido à pessoa) - 155*20 (momento devido à reação da barra no ponto A) + 200*10 (momento devido à massa da barra) = 1100 - 3100 + 2000 = 0

b)Não vou colocar o desenho neste caso pois a situação é exatamente a mesma, com a diferença que agora a reação em B passa a ser 155 Kg, e em A permanece sendo 100 Kg.

c)

Vamos agora fazer a análise para descobrir as forças:
Somatório da força resultante deve ser zero:
FA + FB - 200 - 55 = 0
Somatório dos momentos em relação a qualquer ponto deve ser zero (vou fazer em relação a B de novo):
FA*20 - 200*10 - 55*10 = 0
FA*20 = 2000 + 550
F= 127,5 Kg
Como:
FA + FB - 200 - 55 = 0
127,5 + F= 255
F= 127,5 Kg
São iguais, como era de se esperar, já que todos os pesos estão concentrados no meio da barra.

d)
Da mesma forma que foi feito o anterior, devemos ter:
Força resultante igual a zero:
FA + FB - 55 - 200 = 0
FA + FB = 255

Veja também:
Exercício resolvido - IME CG 2009/2010 - Estática

Momento resultante igual a zero (para mudar, vou fazer o momento em elação a A)
55*5 + 200*10 - FB*20 = 0
275 + 2000  = FB*20
FB*20 = 2275
F= 113,75 Kg
Como:
FA + FB = 255
FA +  113,75  = 255
FA = 141,25 Kg


Exercício Resolvido - Velocidade média

Um percurso de 310 km deve ser feito por um ônibus em 5 h. O primeiro trecho de 100 km é percorrido com velocidade média de 50 km/h e o segundo trecho de 90 km, com velocidade média de 60 km/h. Que velocidade média deve ter o ônibus no trecho restante para que a viagem se efetue no tempo previsto?

Solução:
No primeiro trecho, ele percorreu 100 km com velocidade de 50 km/h, o tempo gasto foi de 100/50 = 2 h
No segundo trecho, ele percorreu 90 km com velocidade de 60 km/h, o tempo gasto foi de 90/60 = 1,5 h
Como ele já gastou 3,5 h = 3 h 30 min e ele tem que levar 5 h, ele ainda tem 1 h 30 min.
Dos 310 km ele percorreu 190 km, logo, ele tem ainda 310-190 = 120 km para percorrer.

Então, ele tem que percorrer 120 km em 1,5 h (1 h 30 min = 1,5 h)
Logo, a velocidade dele deve ser:

120/1,5 = 80 km/h


Exercício Resolvido - Velocidade média

Quatro cidades A, B, C e D estão dispostas tal que as distâncias rodoviárias entre A e B, B e C e C e D são, respectivamente, AB = 60 km, BC = 100 km e CD = 90 km. Se um automóvel vai de A até B a uma velocidade de 60 km/h, da cidade B até a C a uma velocidade média de 50 km/h e da C até a D a uma velocidade média de 45 km/h, determine a velocidade média desse automóvel em km/h, para o percurso de A até D.

Solução:
Distância percorrida: 60 + 100 + 90 = 250 km
Tempo:
Se ele percorre 60 km a uma velocidade de 60 km/h, o tempo será de 1 h
Se ele percorre 100 km a 50 km/h, o tempo será de 100/50 = 2 h
Se ele percorre 90 km a 45 km/h, o tempo será de 90/45 = 2 h

O tempo total:
1+2+2 = 5h

Velocidade média: 250/5 = 50 km/h


Exercício Resolvido - Velocidade média

Você num automóvel faz um determinado percurso em 2 h, desenvolvendo uma velocidade média de 75 km/h. Se fizesse o mesmo percurso a uma velocidade média de 100 km/h, quanto tempo gastaria?

Solução:
Se a velocidade média é de 75 km/h e o tempo 2 h, a distância percorrida é de: 75*2 = 150 km

Agora, o dado que temos é da velocidade e da distância:
Velocidade = 100 km/h
Distância = 150 km

Regra de três:
Se ele percorre 100 km em 1 h (velocidade)
então percorrerá 150 km em x h (x pois é o valor que queremos encontrar)

Como em toda regra de três, devemos multiplicar 'cruzado', ou seja:
O 100 km multiplica x h e o 150 km multiplica o 1 h
Assim:
100x = 150*1
x = 1,5 h = 1 h 30 min

Logo, se a velocidade fosse 100 km/h, o tempo seria de 1 h 30 min


Exercício Resolvido - Quantas voltas o carro chegou a frente?

Numa corrida de carros, suponha que o vencedor gastou 1 h e 30 min para completar o circuito, desenvolvendo uma velocidade média de 240 km/h, enquanto um outro carro, o segundo colocado, desenvolveu a velocidade média de 236 km/h. Se a pista tem 30 km, quanto, em voltas, o carro vencedor chegou à frente do segundo colocado?

Solução:
1º colocado - Se ele gastou 1h 30min = 1,5h, com velocidade média de 240Km/h. Assim, 240*1,5 = 360Km
2º colocado - Tempo de 1h 30h = 1,5h, com velocidade 236Km/h. Assim, 236*1,5 = 354Km.

O primeiro colocado desenvolveu 6 Km a mais que o 2º.
Isso, em voltas, seria 6/30 = 0,2 voltas.


Exercício Resolvido - Velocidade média

Um carro viaja de São Paulo a Campinas, que dista 90 km, parando durante 30 min num posto à beira da estrada, para refeição e abastecimento. De São Paulo até o posto gasta 1 h 30 min, fazendo o percurso do posto a Campinas em mais 30 min. Calcule a velocidade média do carro na viagem em questão.

Solução:
Breve comentário:
Para solucionar questões de velocidade média, o melhor a fazer é calcular a distância percorrida e o tempo.
Assim, no fim, basta dividir um pelo outro.

Vamos ao exercício:
A distância percorrida é 90 km
O tempo é: 1 h 30 min + 30 min + 30 min = 2 h 30 min

Como 2 h 30 min = 2,5 h
Velocidade média será: 90/2,5 = 36 km/h


Progressão Geométrica (PG)

Dedução das fórmulas de uma PG e explicação


Dando continuidade às aulas, nada mais coerente do que, após uma aula de PA, a aula de PG.

Assim como a PA, a PG é uma sequência definida por um termo inicial, geralmente chamado de a e uma razão, geralmente chamada de q.
Diferentemente da PA, na PG os termos da sequência são obtidos pelo produto do termo anterior pela razão, ou seja:
a = a*q
a = a*q = (a*q)*q = a*q²
a = a*q = (a*q²)*q = a*q³
...
an = a(n-1)*q = a₁*q⁻¹
Uma propriedade importante de observarmos é que o produto dos termos equidistantes ao termo central de um PG é sempre igual. Sendo mais claro:
Produto do primeiro termo com o último termo:
a₁*an = a₁*(a₁*q⁻¹⁾) = a₁²*q⁻¹

Produto do segundo termo com o penúltimo termo
a*an-1 = (a*q)*(a₁*q⁻²⁾) = a₁²*q⁻¹

Produto de terceiro termo com o antepenúltimo termo
a*an-2 = (a*q²)*(a₁*q⁻³⁾) = a₁²*q⁻¹
...
Desta forma, fica fácil definir qual é o produto de todos os termos de uma PG. Veja só:
Produto = a₁*a₂*a₃*...*an. Como na multiplicação, a ordem dos fatores não altera o produto, podemos escrever esse produtório como:
Produto = (a₁*an)*(a₂*an-1)*(a₃*an-2)*... Como o valor dos produtos dentro dos parênteses é o mesmo (a₁²*q⁻¹⁾), como foi visto acima, e como esta sequência tem n termos, teremos (n/2) parênteses, já que cada parênteses tem dois termos. Assim:
Produto = [(a₁²*q⁻¹⁾)]ⁿ = [a₁*q⁻¹⁾].

Outro dado importante de se calcular, é a soma dos termos da PG. Existem várias formas de encontrar a fórmula da soma da PG (já foi feito neste blog por indução finita e soma telescópica), porém por ser de mais fácil compreensão, vou utilizar o método da soma telescópica (para quem não sabe o que é isso, vou explicar na medida que deduzo a fórmula)

O que queremos saber é a soma dos termos de uma PG, ou seja:
S = a₁ + a + a + ... + an
(1)     S = a₁ + a₁*q + a₁*q² + ... + a₁*q⁻¹⁾. Se multiplicarmos esse somatório por q, teremos:
(2) q*S = a₁*q + a₁*q² + a₁*q³ + ... + a₁*q

Agora vamos subtrair as equações (2) de (1), fazendo (2) - (1), assim teremos:
q*S - S = (a₁*q + a₁*q² + a₁*q³ + ... + a₁*qⁿ) - (a₁ + a₁*q + a₁*q² + ... + a₁*q⁻¹⁾)
Perceba que podemos anular vários termos que são iguais (este método é chamado de soma telescópica, onde você cancela vários termos iguais pela subtração por serem termos iguais).
Desta forma, todos os termos serão cancelado com exceção de (a₁*qⁿ) e a₁.
Assim:
q*S - S = (a₁*qⁿ) - (a₁). Isolando os termos comuns dos dois lados:
S*(q-1) = a₁*(qⁿ - 1), logo:
S = [a₁*(qⁿ - 1)] / [q-1], onde S é a soma dos termos.

Para uma PG decrescente infinita a fórmula é a mesma só que, para que a PG seja decrescente, q deve ser menor que 1 e maior que zero. Assim, como ela tende a ter infinitos termos, ou seja, n tende ao infinito, qⁿ vai tender a zero (faça o teste, pegue um valor qualquer, entre zero e 1 e eleve a potências grandes. Perceberá que quanto maior é este potência, mais o resultado se aproxima de zero. No infinito, será zero).

Assim, na PG infinita:
S = [a₁*(qⁿ - 1)] / [q-1], como qⁿ = 0
S = [a₁*(- 1)] / [q-1].
S = [-a] / [q-1]. Multiplicando o numerador e o denominador por (-1), o que não muda em nada a fração, temos:
S = a / [1-q]

Abaixo, alguns exercícios e explicações que foram usados os conceitos citados acima:


Exercício Resolvido - Interpolação por polinômios

Encontre o polinômio de menor grau que interpola os pontos (-1,7), (0,3), (1, 3) e (2, 1)

Solução:
Como existem 4 pontos a serem interpolados, o polinômio de menor grau é o que possui grau 3.
p(x) = ax³ + bx² + cx + d

Agora nos resta substituir os pontos e calcular a, b, c, d.
p(-1) = -a + b - c + d = 7
p(0) = d = 3
p(1) = a + b + c + d = 3
p(2) = 8a + 4b + 2c + d = 1

De p(0) = d = 3 sabemos que d = 3.
Assim, de p(-1) temos:
-a + b - c = 4
a + b + c = 0
8a + 4b + 2c = -2

Somando -a + b - c = 4 com a + b + c = 0 temos:
2b = 4
b = 2


Substituindo:
a + 2 + c = 0  → a + c = -2 → a = -2 - c
8a + 4b + 2c = -2  → 8a + 4*2 + 2c = -2 → 8a + 2c = -10

Substituindo a = -2 - c nesta última equação temos:
8*(-2 -c) + 2c = -10
-16 - 8c + 2c = -10
-6c = 6
c = -1
Logo, a = -2 -(-1) = -1

Assim, o polinômio é:
p(x) = -x³ + 2x² - x + 3





Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 45 - Física

Com respeito às ondas mecânicas, analise as afirmações a seguir.
I  - São perturbações mecânicas que se propagam no vácuo, sem a necessidade de um meio material para lhes dar suporte.
II  - A luz visível, o infravermelho, o ultravioleta e o Raio  X são exemplos de ondas mecânicas.
III  - O som é um exemplo de onda mecânica na qual as vibrações do ar, que é o meio que lhe dá suporte, são longitudinais, ou seja, vibram na mesma direção de propagação da onda.
Está correto APENAS o que se afirma em:

Solução:
I - Incorreta, já que as ondas mecânicas precisam de um meio para se propagar. Exemplo: Unda em uma corda, o som, onda formada por uma pedra jogada na água. Todas elas dependem do meio. A onda na corda, depende da corda. O som depende das partículas que existem na atmosfera e a última, depende da água.

II - Incorreta. Estas ondas são ondas eletromagnéticas. Como tais, não precisam de um meio para se propagar, por isso que a luz do Sol chega até a Terra, pois ela se propaga no vácuo. Se não, viveríamos em completa escuridão.

Veja outros exercícios desta mesma prova:
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 35 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 36 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 37 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 41 - Física

III - Correta. Conforme exemplo dado em I. Quando uma fonte emissora de som é acionada, ela perturba as moléculas que estão em volta dela (já viu uma caixa de som, que tem uma membrana que vibra?), estas moléculas perturbam as outras que estão do lado delas, que perturbam as outras ... Assim, certamente elas vibram na direção de propagação da onda, pois imagine uma pessoa falando com outra. Quando uma fala, ocorre o fenômeno de perturbação que já comentei, porém se a matéria que está perto da boca de quem fala vibrasse de forma vertical, ela não iria perturbar as moléculas que estão a sua frente, e sim as que estão em cima dela e abaixo. Assim, para ouvir essa pessoa, ou você estaria acima dela ou abaixo. Ainda assim, as moléculas vibrariam na mesma direção de propagação da onda. Ou seja, não faz sentido ser diferente disso. O que ocorre, na realidade, é que o som da pessoa que fala se propaga pra frente, pre cima, pra baixo, da diagonal... Mas em todas essas direção o meio vibra na mesma direção de propagação da onda. Veja como funciona, na figura abaixo:


Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 42 - Física



A figura ilustra um recipiente aberto contendo água em equilíbrio hidrostático. Em sua parede lateral, há um orifício tampado por uma rolha, a uma profundidade de 10,0 m.
Considerando-se que a rolha está totalmente livre para se deslocar, sem atrito com as paredes do recipiente, e que tem área da seção transversal igual a 1,0 cm², qual deve ser a força F, em N, exercida de fora para dentro, de modo a manter a rolha em repouso, evitando assim que o líquido escape para fora do recipiente?
Dados: massa específica da água = 10³ Kg/m³
            aceleração da gravidade (g) = 10 m/s²

Solução:
Breve revisão:
Toda vez que temos uma quantidade de massa sobre uma área, esta massa executa uma pressão sobre esta área, pressão esta igual ao peso desta massa dividido pela área.
Neste exercício temos uma quantidade de água. Sabemos apenas a altura dela. Porém, para fins de dedução da fórmula, vamos supor que a área da seção transversal do recipiente que contém a água seja A.
Com estes dados vamos calcular qual é a pressão que esta coluna de água faz numa superfície de mesma área A, porém com 10m de profundidade.

Massa da água = massa específica*volume de água
Volume de água = altura de água*área da seção transversão
Assim:
Massa da água = Massa específica*altura de água*área da seção transversal = p*h*A
Assim, o peso de água será:
p*h*A*g
Como queremos saber a pressão na área A, esta pressão será:
p*h*A*g/A = p*h*g

Perceba que a pressão que um fluido exerce depende apenas da massa específica deste fluido, da altura da coluna e da aceleração da gravidade. A ÁREA NÃO INTERFERE NA PRESSÃO EXERCIDA POR UMA COLUNA DE UM FLUIDO.

Observação: Uma vez vi um amigo que morava em um apartamento comentando que a pressão da água em seu chuveiro havia aumentado, pois fizeram uma reforma nas caixas d'água do prédio, conectando todas elas, ou seja, as caixas d'água não eram mais independentes e sim, todas conectadas.
Na verdade a constatação dele é incorreta, pois não houve alteração na altura da água, e sim simplesmente aumentou-se a área.

Voltando ao exercício:
Detalhe muito importante do exercício: Perceba que no enunciado aparece "recipiente aberto". Esta informação é aquela em que a gente nem se dá conta quando lê o exercício, mas é de fundamental importância, pois com isso temos que a pressão atmosférica também age. É certo que possivelmente a pressão atmosférica também atue na rolha pelo lado de fora, apesar de que isso não é dito no exercício, porém mesmo que isso seja verdadeiro, a atuação desta pressão irá gerar uma força de fora para dentro. Portanto, a força para manter a rolha no lugar é a soma da realizada pela pressão atmosférica do lado de fora (se houver) com uma outra força qualquer. Comento isso para que o leitor perceba que a força total necessária para manter a rolha no seu lugar independe de a pressão atmosférica age fora ou não.

Veja outros exercícios desta mesma prova:
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 35 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 36 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 37 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 41 - Física

Cálculo da pressão da coluna de água:
p*h*g = 10³*10*10 = 10⁵ N/m²
A pressão atmosférica vale, aproximadamente 10⁵ N/m²
Assim, a pressão na rolha será de 2*10⁵ N/m²

Como a área da rolha é de 1 cm² = 0,0001 m², a força que deve ser aplicada na rolha deve ser de:
2*100000*0,0001 = 20N


Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 41 - Física

Um objeto maciço flutua na superfície da água contida num recipiente aberto, com 40% do seu volume submerso. O mesmo objeto flutua no álcool com volume submerso diferente, devido à diferença das massas específicas dos dois líquidos.
Que fração do volume total do objeto fica submerso ao flutuar no álcool?
Dados:
massa específica da água = 1,0 g/cm³
massa específica do álcool = 0,8 g/cm³

Solução:
Questão que envolve conceito de empuxo.
Rápida revisão:
Empuxo é uma força que é aplicada nos corpos quando estes são submersos em fluidos (fluidos entende-se: líquidos e gases).
Uma forma fácil de perceber a ação do empuxo é quando você consegue carregar facilmente sua mulher (ou namorada, ou mesmo noiva) dentro de uma piscina. É interessante a sensação de super-homem que temos ao fazer isso, porém não conseguimos sozinhos, o empuxo da água nos ajuda... É, eu também fiquei frustrado quando descobri isso...
O valor do empuxo é exatamente o peso o volume do líquido deslocado ao inserir o corpo no líquido. Sendo mais claro:
Imagine uma bola de isopor com volume de 1cm³. Agora pensa também em um recipiente completamente cheio.
Quando você coloca a bola sobre a água, ela afunda muito pouco. Digamos que você faça uma força tal que metade da bola afunde. Qual o volume de água deslocado? 0,5cm³, ou seja, exatamente igual ao volume da bola que esta submerso. Ao fazer isso a gente percebe uma força agindo na bola. Esta força é o empuxo, e ele vale exatamente o peso deste 0,5cm³ de água deslocado. Exatamente por isso que esta bola não afunda pois o peso dela é inferior ao peso de 1cm³ de água. Assim ela afunda o suficiente até que o empuxo que surge seja igual ao seu peso.

Voltando ao exercício:
40% do objeto esta submerso. Ou seja, chamando de 'V' o volume deste objeto, temos 0,4V submerso na água. Logo, o sou peso vale o mesmo que o peso de 0,4V de água.
Como a densidade da água é 1g/cm³ temos que o peso do objeto é:
1*0,4V*g = 0,4Vg, onde g é a força da gravidade.

Veja outros exercícios desta mesma prova:
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 35 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 36 - Física

No álcool, a parte do objeto que ficará submerso será tal que o empuxo no álcool seja igual ao seu peso, ou seja. Neste caso, chamarei o volume submerso de 'v'.
0,8*v*g = 0,4*V*g
0,8*v = 0,4*V
v = 0,5*V

Ou seja, 50% do objeto vai ficar submerso.

Veja que há mais do objeto que fica submerso, o que é sensato já que a densidade de álcool é menor.


Exercício Resolvido - Roldanas: Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 37 - Física

Exercício do concurso da Petrobrás de roldanas

Um bloco de massa 20,0 kg está suspenso por um sistema de roldanas, sendo duas delas móveis acopladas a uma fixa, conforme ilustrado na figura. Os cabos são inextensíveis e têm massas desprezíveis. O Bloco 2 faz com que o sistema permaneça em equilíbrio.
Se os blocos estão em repouso, a massa do Bloco 2, em kg, vale
Exercício resolvido de Roldana

Solução:
Em questões de roldanas, é interessante se ter em mente que um mesmo cabo esta submetido a uma tensão igual a não ser que uma força externa ao sistema esteja agindo (por exemplo na questão 35 desta mesma prova).
Assim, o cabo que sustenta o bloco 2 exerce uma força nele equivalente ao seu peso (chamarei de P). Assim, neste cabo, a tensão nele é de P. Porém este cabo passa por uma roldana fixa e depois por uma segunda roldana.
Se isolarmos esta segunda roldana teremos:

Perceba que temos duas partes do cabo que suspende o bloco 2 'puxando' esta segunda roldana para cima. Logo a força que age nela, para cima, é de 2*P. Como a roldana está em equilíbrio, a força do cabo que puxa a roldana para baixo é de 2*P. Assim, a tração neste segundo cabo será 2*P.

Pelo mesmo raciocínio, na terceira roldana existirão duas forças de intensidade 2*P puxando ela para cima. Logo a tração do cabo que suspende o bloco 1 deve valer 4*P.

Veja outros exercícios desta mesma prova:
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 35 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 36 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 41 - Física


Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 36 - Física

Dois blocos de massas iguais estão ligados por um cabo inextensível e de massa desprezível. Esses blocos são puxados para a direita por uma força F, constante.

Considerando-se que não há atrito e desprezando-se a resistência do ar, qual o módulo da tensão no cabo?
Solução:
Como F é o único dado do exercício, devemos achar nossa resposta em função de F.
Este é um exercício típico de ação e reação (3ª Lei de Newton). Perceba que existe uma força agindo no bloco da direita, porém esta força é transmitida ao outro bloco por meio de um cabo. Neste exercício os objetos não estão parados, logo existe uma força resultante em cada um. O bloco da direita sofre a ação de duas forças: da força F e da tração do cabo, que age nele de forma contrária à força F, justamente pelo fato da ação e reação, ou seja, este cabo realiza a ação de puxar a bola da esquerda com uma força, como reação, ela (a bola da esquerda) puxa o cabo. Ambas têm mesma intensidade, direção porém sentido contrário. No bloco da esquerda há apenas uma força agindo nele, esta é a força de tração do cabo, porém nele ela tem sentido igual à da força F, ou seja, da esquerda para a direita.
Como ambos se movem com uma aceleração igual, a força resultante nos dois deve ser igual, pois eles possuem massas iguais.

Veja outros exercícios desta mesma prova:
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 35 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 37 - Física
Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 41 - Física

Assim:
Força resultante agindo no bloco da direita deve ser igual à sua massa multiplicada da sua aceleração:

$ \left | F \right | \, - \, \left | T \right | \, = \, m \times a $

Força resultante agindo no bloco da esquerda deve ocorrer o mesmo:

$ \left | T \right | \, = \, m \times a $

Assim:

$ \left | F \right | \, = \, 2m \times a $

$ m \times a \, = \, \frac{\left | F \right |}{2} $

$ \left | T \right | \, = \, \frac{\left | F \right |}{2} $


Exercício Resolvido - Prova Petrobrás Tec Inspeção Equipamentos 01/2011 questão 35 - Física

Dois blocos de massas 10 kg e 20 kg estão suspensos por cabos, conforme ilustrado na figura. O cabo A é preso ao teto e faz um ângulo de 60º com a horizontal. O cabo B é perpendicular à direção vertical.
Considerando que os blocos estão em equilíbrio estático, qual o valor do módulo da tensão no cabo A?
Dados:

sen 60º = √3/2
cos 60º = 0,5
g = 10 m/s²

Solução:
Nesta questão deve-se perceber que agindo no ponto que o cabo B esta fixo na parede, e assim, existe nele uma tração.
Exercícios deste tipo tornam-se relativamente simples quando nos damos conta que o sistema está em equilíbrio, ou seja, não há nada se movendo com aceleração. Neste caso, esta tudo estático. Essa observação é importante pois com isso, temos a certeza de que a força resultante em qualquer ponto deve ser nula, pois se não fosse nula, este ponto não estaria parado.

Vou chamar o ponto de união do cabo A ao B de ponto P. Este ponto, como todos os outros, está parado, ou seja, a força resultante nele é nula. Observando a figura percebemos que existem três forças atuando nesse ponto:
1ª - A tração do cabo A
2ª - A tração do cabo B
3ª - A tração do cabo que suspende os blocos


Para facilitar nossa vida, convém decompor a tração do cabo A em duas forças uma na direção vertical e outra na horizontal:
Para que o ponto P esteja em equilíbrio devemos ter:
FB = FAHor e;
FBlocos = FAVert

Ainda, devemos saber que FAVert é a projeção vertical da tração em A e FAHor é a projeção horizontal. Assim, FA*Sen(60°) = FAVert e FA*Cos(60°) = FAHor. Este ângulo de 60° é o que o cabo A faz com a horizontal.

Mas ainda do exercício temos um dado importante:
FAVert = FBlocos (equilíbrio), mas:
FBlocos = (10 + 20)*10 = 300N
Logo, FAVert = 300N, com isso:
FA*Sen(60°) = FAVert = 300N
FA*√3/2 = 300N
FA = (600/√3)N.


Exercício Resolvido - Lugar Geométrico

Se o ponto P(x,y) é tal que sua distância do ponto A(3,2) é sempre duas vezes a sua distância de B(4,1), encontre uma equação que deve ser satisfeita pelas coordenadas de P.

Solução:
Distância do ponto P ao ponto A é:
√[(x-3)² + (y-2)²].
Vou chamar esta distância de 'd'
d = √[(x-3)² + (y-2)²]

Distância do ponto P ao ponto B é:
2d = √[(x-4)² + (y-1)²]

Multiplicando a distância do ponto P ao ponto A por 2 e igualando à distância do ponto P ao ponto B temos:
2*√[(x-3)² + (y-2)²] = √[(x-4)² + (y-1)²]

Elevando os dois lados ao quadrado:
4*[(x-3)² + (y-2)²] = [(x-4)² + (y-1)²]
4*[x² - 6x + 9 + y² - 4y + 4] = x² - 8x + 16 + y² - 2y + 1
4x² - 24x + 52 + 4y² - 16y = x² - 8x + 16 + y² - 2y + 1
3x² + 3y² - 16x - 14y + 35 = 0

Como x² e y² tem coeficientes iguais, podemos afirmar que esta é a equação de uma circunferência. Para saber qual é o centro e o raio desta circunferência, procedemos da seguinte forma:
3x² + 3y² - 16x - 14y + 35 = 0

Agrupamos os termos que multiplicam 'x' e 'y' e isolamos, do lado direita da igualdade, os termos independentes:
3x² - 16x + 3y² - 14y = -35

Somamos constantes de ambos os lados da igualdade de forma conveniente a ter quadrados perfeitos:
(3x² - 16x + 64/3) + (3y² - 14y + 49/3) = -35 + 64/3 + 49/3 = -35 + 113/3 = 8/3

Dividindo tudo por 3, para deixar x² e y² sem coeficientes:
[x² - (16/3)x + 64/9] + [y² - (14/3)y + 49/9] = 8/9
(x - 8/3)² + (y - 7/3)² = [(2/3)*√2]²

Centro: ( 8/3 , 7/3)
Raio : (2/3)*√2